Acontecimentos bizarros em YALE II

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O barulho do sino só aumentava e cada vez adentrando mais e mais a floresta Kirô estava. Logo no começo da estrada já tinha ligado sua lanterna, pois seria impossível ver algo a mais de um palmo de distância, suas pernas ainda estavam fracas pelo fato de ficarem bambas mais cedo naquela noite. O jovem rapaz estava ficando com medo, apesar de ser corajoso, Kirô não demonstrou muita bravura naquela noite, mas podemos intender a causa disso. Sua lanterna tremia um pouco, não pelo frio, mas provavelmente pelo medo ou tensão que passava naquele momento, Kirô tirou alguns galhos da frente onde estava passando, o sino tocou por ultimo ali, onde dava de ver uma pedra gigante e um lago logo em frente. Avistando uma silhueta pequena e que parecia estar cantando baixinho ou cochichando, Kirô não se apressou, ficou observando primeiro atrás de alguns arbustos, ele se arrepiou logo ao ver um menino em cima da pedra com um sino no pescoço e com a pele pálida, como se nunca tivesse ido a praia. –Você vai sair dai ainda esta noite? –Disse uma voz doce, porém forte, que vinha do menino. Logo o rapaz saiu de trás dos arbustos lentamente e deu as caras ao campo aberto, o menino levemente virou a cabeça para ele dizendo; - Você gosta de amoras? Gosta, não é? Pegue, tenho algumas! – Kirô ficou surpreso e confuso, como pode o garoto saber que ele gostava de amoras? Quem é o garoto? O que fazia naquele lugar? Sozinho e frio. –Gosto sim, mas qual o seu nome menino? – O garoto levantou de onde estava sentado ficando em pé; - Sou Gim, mas você não quer amoras? Tenho muitas aqui. – O menino estende a mão e mostra as amoras amassadas e algumas até com alguns corós e bichos nojentos. Neste exato momento Kirô põe sua lanterna na cara do pobre menino e consegue ver que o garoto pálido e potencialmente indefeso tinha um olhar azulado, como se fosse à luz que tinha visto mais cedo. – O que é você? Digo... Quem? – Kirô perguntando com um olhar mais sério do que antes. O menino desce da pedra que ali ficava, e vai em direção à luz da lanterna que já estava quase se apagando de tão fraca que estava àquela pilha. – Você não quer mesmo amoras? E sou apenas um menino, não consegue ver? – Cansado dos jogos do menino Kirô apaga a lanterna ficando apenas com a luz do luar e coloca mão no braço do garoto, que ficou um pouco confuso com tal atitude. – Você era aquela luz que eu vi lá atrás, certo? O que quer de mim? – O menino fica apavorado e vai se afastando, não compreendendo, Kirô da alguns passos em direção ao menino, mas algo o impede de continuar; - Minhas pernas novamente? – Suas pernas começam mais uma vez a tremer, o menino some em meio aos galhos na mata, Kirô fica de joelhos por causa da dor que sente e um brilho ofusca seu olhar, tão forte ou até mais do que a ultima vez, azul igualzinho antes. Na sua frente aquele brilho parece que vai cega-lo; - Quem é você? – Pergunta Kirô ao nada, ninguém responde por um tempo, mas aos poucos a luz vai se apagando e dando forma a uma sombra. – Quem é você? – Uma voz rouca sai de dentro da sombra magricela em sua frente. – Sou Kirô, mas quem seria você? – Já perdendo a paciência de perguntar ele se levanta e encara aquela sombra, como se fosse soca-la. – Sou apenas uma sombra, neste mundo cheio de meras sombras, eu não sei ao certo por qual motivo estou aqui. – A sombra fica olhando para si mesmo e mexendo os braços, - Como assim não sabe? Você se mostrou para mim, deveria ser algo importante não deveria? – Kirô fica confuso, se alguém sabe o que está acontecendo este alguém é aquela sombra, sem duvida. – Na verdade, só tenho uma mensagem, uma breve mensagem. - Aponta para o bolso da calça de moletom de Kirô. – Você encontrou este papel na floresta não foi? Quando estava catando amoras, eu suponho, ele diz alguma coisa, mas não siga este caminho, volte para seu avô e saia destas terras. – Um tremor no céu deu voz a uma terrível trovoada, porém sem nuvens por ali. Quando Kirô pensou em perguntar mais algumas coisas a sombra foi engolida pela terra, quase que literalmente. Sentindo suas pernas mais uma vez doerem, um pouco de leve desta vez, Kirô sente uma dor de cabeça junto com dores no peito, que deveria ser resultado do medo que havia passado. Colocando a mão no bolso da calça velha de moletom, ele tira o pedaço de papel amassado que mostra algumas palavras:


“Venha a minha casa, fica no final da estrada”. ’’

sullivanvicente1992@gmail

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Dark Damon uma marca que mistura do mundo real ao ficticio e deixa expor sem medo todos os sentimentos obscuros e negros que assombram os corações de alguns seres humanos, e que atravez dessa marca encontran-se e juntam-se para compartilhar este que é um sentimento tão rejeitado e temiso por aqueles que não ò conhecem.

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